quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Ponto Fixo


Deitado no chão
Reparo num ponto escuro no tecto
Fixo o meu olhar no ponto
Passado pouco tempo
O ponto parece estar em movimento
Parado, no mesmo sítio
Passo a língua nos dentes
Sinto as falhas
Alguém as fez
Passo com a mão direita na cicatriz
Passo com a mão esquerda na outra cicatriz
E penso em quem as fez
Onde estarão? Serão felizes?
Da vida deles em mim deixaram as cicatrizes
E o ponto fixo parado vai mexendo

Bernardo dos Santos Morgado

6 comentários:

  1. Alguém te deu porrada...?
    Um poema interessante, que talvez não tenha uma interpretação tão óbvia como parece...
    Um abraço, caro amigo.

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  2. está muito bom pt! eu entendo perfeitamente, e vais ganhar o camões, acredita!

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