quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Loucura


Hoje estou louco!
Hoje escrevo inexistências
Escrevo fantasias
Sobre a tua consciência!
Hoje estou calmo
Mas louco
Corro dentro da tua demência!
Hoje vivo como um parasita da tua ignorância!
Hoje canto: REQUIEM!
MORRE!
Nasce de novo!
Para te ver a morrer de novo!
AH! AH! AH!
Hoje estou doente, só vejo fumo…
Que fumo é este?
Ah, do meu cigarro…
Hoje vou tentar inventar uma máquina que leve
A humanidade a Marte
Hoje estou doente de tal forma
Que me rio!
De mim mesmo!?
Oh tu dos céus parte-me com um raio!

Parece que não.
Porque escrevo eu sobre a ignorância
Humana da humanidade desumana?
Hoje sou o perfeito humano!?
Não tanto.
Se fosse um pouco…
Um pouco mais…
Louco
Aí seria!
Seria talvez o humano mais humano de todos
O perfeito louco que humano inventado foi
foi O louco inventado que perfeito humano
E este céu tão escuro?
E o mar que o reflecte?
Hoje estou louco?
E o mar que reflecte o céu
E o céu que nos reflecte a nós
NÃO!
Não olhes o céu!
Hoje o mundo está invertido!
O coelho caçou o lobo!
O ladrão prendeu o polícia!
A poesia escreveu-me!

Bernardo dos Santos Morgado

1 comentário: