quinta-feira, 16 de maio de 2013

Serei



Cheguei
E rasguei
O ventre da minha mãe
Cresci e sonhei
Com um trono digno de um rei
Mas sem ser rei cá fiquei
E erro a erro aperfeiçoei
E agora a um passo da vitória, andei
E a vitória alcançei
Com a mesma força que rasguei
O ventre da minha mãe
E amanhã no meu bolso trarei
Dezoito obras perfeitas, dignas de um rei
Que nos meus dezoito anos criei
E nos próximos anos farei
Mais que qualquer rei
Porque este mundo parado, abanei
Comecei e mudei
E agora sou rei
Mais do que qualquer poeta foi na poesia rei
E hoje sei:
Ontem cheguei, rasguei, fiquei
Hoje mudei e criei
Amanhã, infinito serei!

Bernardo dos Santos Morgado

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