segunda-feira, 20 de maio de 2013

Arrogância


Olho para ti do fundo da rua
O teu cérebro é vazio!
E o que resta… Não presta!
Os teus neurotransmissores propagam-se 
Como o som se propaga no vazio
Não se propagam! Silêncio, sem movimento
Andas pela rua para cima e para baixo
Como se em ti um professor catedrático
Mas não ensinas nada e nada aprendes devido 
a esse “pensamento” de sabe-tudo
Cerras os olhos e falas
Mas da tua boca só saem pássaros sem asas
Que tentam voar e caem a teus pés
E eu curvo-me para apanhar os pássaros (coitados)
E tu olhas para mim com arrogância e superioridade
Como se tivesse a prejudicar-te
Ao apanhar esses pássaros sem asas
Que tiveste a delicadeza de inventar
Tristemente, que mente tens? Serve para pensar?
Penso enquanto os apanho e tos dou à mão:
Que pena, não mereces sequer ser um cão
Porque um cão pensa, à sua maneira, mas pensa
Eu ignoro esse teu olhar e dou-tos à mão
Uma caridade que faço pelo meu coração
E sigo feliz o meu caminho
E tu feliz, superior, na tua ilusão

Bernardo dos Santos Morgado

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